quinta-feira, 13 de junho de 2013

Breve resumo de um Jovem de 8 anos.

VICTOR RAFAEL SILVA SANTOS
RESUMO – Do texto: "E agora?" do Livro Homens de Cinza - Gabriel Chalita*

“Eu apanhe tanto, pai, só por que você tinha medo, de algum trejeitos meu. Você tinha medo de que eu não gostasse de mulher, que fosse maricas.  Você me chamou de viadinho.”**

Sobre um menino que fala sobre o pai, este pai batia na mãe e a mãe morreu, depois ele ficou grande e ficou respondendo o pai e brigando com ele. Ele brigava como pai por que o pai matou a mãe. O pai matou a mãe de tanto ela apanhar.





 *A estruturação foi com minha ajuda, mas o texto é essencialmente dele.
 **A parte em itálico foi a parte que mais lhe afetou. 




  

Ah, os loucos...

"Confiar o louco aos marinheiros é com certeza evitar que ele ficasse vagando indefinidamente entre os muros da cidade, é ter a certeza de que ele irá para longe, é tornar-lo prisioneiro de sua própria partida. Mas a isso a água acrescenta a massa obscura de seus próprios valores: Ela leva embora, mas faz mais que isso, ela purifica. Além do mais, a navegação entrega ao homem à incerteza da sorte: nela, cada um é confiado a seu próprio destino, todo embarque é, potencialmente, o ultimo.  É para outro mundo que parte o louco em sua barca louca; é do outro mundo que ele chega quando desembarca."

A História da Loucura - Michel Foucault

domingo, 9 de junho de 2013

Minha Vida Sem Mim - My Life Without Me

Esta resenha sucedesse a partir de uma perspectiva fenomenológica onde estrutura-se o texto presente num movimento que descreve os aspectos a partir dos conceitos que a fenomenologia nos traz principalmente nas maneiras de ser e estar no mundo. Tentei destrinchar os conceitos para brincar com eles e apresnetar de uma forma bem interessante, julgo eu, fazendo uma análise de um filme que guardo muitos afetos a respeito, sendo ele o: Minha Vida Sem Mim da Isabel Coixet. Espero que apreciem a leitura!


Ser-no-mundo: O ser no mundo compreende no que faz a pessoa sentir-se viva, isto é, é o mundo o qual ela nasce e cresce, ama e odeia, vive e como tratado no filme: morre. É comum vermos ao desenrolar do filme ela comentando sobre o seu apreço ao frio e a chuva, o quanto aquilo a faz sentir-se viva são esses os acontecimentos diários que a fazem perceber e vivenciar o quanto ela está implicada no mundo. Acredito que isso é uma percepção importante da Ann para a sua tomada de atitude para com o que lhe está por vir. Porém podemos encontrar a (des)sintonia também nessas atitudes, isto é, ela tinha essa atitudes apenas nessas situações. É necessário vivenciarmos isto a todo instante pois essas nossas experiências é quem no implica esta nossa identidade.
“A ideia fundamento do meu pensamento é precisamente que a evidência do ser precisa do homem e que, vice-versa, o homem só é homem na medida em que está dentro da evidência do ser” (Heidegger, 1974, p. 25, em entrevista com Weiss apud. Forghieri, Yolanda C.)
É disso que estamos falando, a existência de Ann inicialmente deixa ser levada por sua rotina, não há uma evidência do ser, ela não está totalmente sintonizada com as suas situações seu corpo foi tomado argumentos messiânicos e a imposição de um modelo cartesiano de corpo fazendo-a assim transformando em máquina, contrariando ao pensamento; tal evidência ocorre nesses gatilhos, que grosso modo poderíamos dizer que seriam seus gatilhos para a tomada de consciência se seus conflitos internos.
A partir daqui há um cindido, temos duas Ann apresentadas no filme. A primeira, pouco interessante, vivendo uma vida americana nata entupida de valores morais que a deixa mecanizada e após o despertar do sonho, sua vida evidenciada no ser. Como já dito a primeira é pouco interessante visto pelos vários exemplos que vemos no dia-a-dia para tanto, basta ligarmos ao menos a TV. Sobre essa segunda Ann, primeiramente conversaremos sobre seu “Mundo”, compreendemos este fenomenologicamente como o conjunto de relações que sãos significativas e dentro do qual a pessoa existe, porém este, embora seja evidenciado como uma totalidade, seguiremos o exemplo de nossa autora de referência e dividiremos em três partes: o circundante, o humano e o próprio.

1.    Mundo Circundante – Seria este, o que a pessoa relaciona-se com o ambiente em que vivencia. Este abrange, no exemplo da Ann, o seu trailer que é sua casa, a universidade onde trabalha, o trabalho da mãe... Enfim, todos os lugares que para ela tem uma intencionalidade direcionada com uma maior energia psíquica. Isto é, por exemplo, de acordo com o que é mostrado no filme, podemos perceber que o maracanã, aqui no Brasil, não faz parte do seu mundo circundante, já que este não recobre sua consciência a nenhum instante logo, não há nenhum relacionamento entre os dois.

“Na vivência imediata iirrelfexiva nada subsiste do fato de que necessito de olhos para ver... simplesmente aparecem-me coisas que estão ai...” (Berg, van den, 1972, p. 126)

E tem significação para Ann, por este motivo o nosso exemplo não faz parte do mundo circundante da Ann. No mundo circundante dele faz parte também, o corpo, o que por uma longa parte do filme é altamente tratado. Sabendo-se que Ann tinha um tumor que se iniciava em seus dois ovários e avançava ferozmente por todo o resto do corpo, vê-se todo o sofrimento psíquico que é causado por conta do mesmo, o seu mundo circundante por vezes grita, isto é, vê-se algumas vezes ela passando mal, ou até mesmo desmaiando por conta desse seu mundo circundante que é dramatizado pelo estender-se do filme.

2.    Humano -  Este é aquele que diz a respeito do encontro e a convivência das pessoas e com os seus semelhante, tal como nos diz a Forghieri. A Autora nos diz também que as relações do homem é necessário para sua existência já que o outro tem grande importância e influência no meu processo de vir a ser. O Existir é fundamentalmente ser-com o outro.  
“Mesmo o estar só é ser-com, no mundo. Somente ‘num’ ser-com e ‘para’ um ser-com é que o outro pode faltar. O estar só é um modo deficiente de ser-com” (Heidegger, 1988, p. 172.)  
Essas relações são bem vividas para Ann, já que a mesma vive em função das filhas e de certa forma até mesmo para Don, seu marido. O seu ser-com é firmemente estabelecido principalmente depois da noticia da morte já que a mesma em evidencia com o ser passa a moldar-se a esta nova experiência que é ‘morrer’ para o não sofrimento das filhas.  E são essas relações que fazem dela quem ela é, ora, já que estas relações sãos as que definem quem ela é como humana.

3.    Próprio – Seu mundo próprio com certeza é o mais sofrido, já que é onde vemos toda a dramatização do filme, toda a parte pedante provém de sua relação consigo mesma, durante todo o arrastar do filme a significação que ela dá para aquela experiência é quem nos faz imaginar uma mãe preocupada, uma mãe atenciosa, amável, e antes de tudo uma adolescente crescida que procura a todo instante viver o turbilhão de experiência necessário para a formação de sua personalidade num período tão curto de tempo, já que a mesma julga importante para a constituição de sua maneira de estar em seus últimos dias no mundo circundante.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Homem metrum

ESCRITA DESTERRITORIALIZANTE

)).)0. Uma sociedade absorvida por ideias cientificas onde o ser humano só pode ser compreendido através de métodos, quando não técnicas meia-boca, sendo expressadas por dados estatísticos, métodos métricos e operacionais. O Homem metrum. 

O Homem moderno significado por tudo quanto é lado. Territorializado. Cansado. Sofrido. Mas segundo a )09)0> 0 propaganda da margarina mais gostosa somos felizes.

Quem tem tempo para se apegar aos desvios da vida? Saborear as fantasia... gritar, chorar, vivir. Não! Tenho que entregar trabalhos, publicar, persuadir, trabalhar, produzir, encarar, estar bem, estar zen. CAOS.

Convite ao Encontro


Mais importante do que a ciência é o seu resultado,
Uma resposta provoca uma centena de perguntas.
Mais importante do que a poesia é o seu resultado,
Um poema invoca uma centena de atos heróicos.
Mais importante do que o reconhecimento é o seu resultado,
O resultado é dor e culpa.
Mais importante do que a procriação é a criança.
Mais importante do que a evolução da criação é a evolução do criador.
Em lugar de passos imperativos, o imperador.
Em lugar de passos criativos, o criador.
Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos
e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos
para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
E tu ver-me-às com os meus.
Assim, até a coisa comum serve o silêncio
E nosso encontro permanece a meta sem cadeias:
O Iugar indeterminado, num tempo indeterminado,
A palavra indeterminada para o Homem indeterminado.

Por Jacob Levy Moreno

Publicado em Viena, 1914.

sábado, 1 de junho de 2013

Fantasia e Tele

Ora,

Meus caros, o que fazer com um relacionamento que fundamenta-se apenas na fantasia? E Quando nos falta  uma capacidade télica? Bom, primeiramente posso dizer, que todos os nossos relacionamentos hoje fundamenta-se na fantasia. O que torna triste, o contato humano. (Para os militantes, apenas minhas desculpas, mas é verdade) A fantasia é armada a partir do momento que você diz para si mesmo: "Eu preciso conhecer alguém!" (seja para qual for o fim). Suportar o outro é necessário, caso contrário estaríamos a margem do social (o maior pesadelo de um homem, principalmente do século XXI, não excluindo, claro, as mulheres), para bem isso acontecer, fantasiamos o outro, o próximo, como um ser dotado de "consciência plena de mim" onde o outro tudo concorda, tudo completa aquilo que penso, que sinto, que gosto, que não gosto. Que terrível e angustiante deve ser, descobrir o contrário, o verso, o inverso, a curva, a borda, o não-todo. Pode-se dizer então, que somos masoquista? Sim. Com todo gosto. Deveríamos enfim, exercitar a nossa capacidade télica, esta assim definida como a capacidade de perceber o outro de forma objetiva. Estar sintonizado dentro da relação, e abraçar o outro com quem o é! Compreender o outro, e a si mesmo numa mão dupla, ocorrendo uma atualização constante dos dois lados.


Boca de Divã

E quando não sabem separar o relacionamento existente entre um amigo e um terapeuta? 
Quando, ainda mais, não se tem terapeuta, mas necessitando assim, confunde a todos em sua volta como a cada instante todo mundo tem que ouvir algo sobre o  "seu papai e sua mamãe"?

Ainda pôs-se a reclamar, por ser intenso em demasia, por se entregar demais as situações. 

Há quem diga, que seja um dom, se entregar profundamente as paixões da vida, mas todo esse esquema que temos hoje, uma boca de divã seria tremendamente masoquismo. 

Tal como nos diz Nietzsche, deve-se propor o corpo e a consciência no mesmo estado, saber ser o que se é, o que nós somos mesmo enquanto dura o inverno.  

Boca de divã seria este ou aquele, que fala em demasia, assim que entra em contato com aguá quente. Não espera, nem se "amornecer" por completo. Falta ainda, muito instinto de autoconservação. Fantasias há em excesso.